A experiência maranhense da Casa de Apoio Ninar foi apresentada durante o Seminário Internacional da resposta brasileira ao Zika vírus. Além de levar o projeto, que foi apresentado pelo governador Flávio Dino, o Maranhão foi representado por técnicos da área da saúde, que participam do encontro com o objetivo de compartilhar experiências exitosas. O encontro foi realizado até a quinta-feira (10), em Salvador (BA), onde também aconteceu, simultaneamente, a Feira de Soluções para a Saúde – Zika.

Durante exposição da Casa de Apoio Ninar no encontro, o governador Flávio Dino destacou a Casa de Apoio do Projeto Ninar como uma das medidas voltadas para a assistência às crianças com microcefalia. “O projeto Ninar nasceu no ano passado e já realizou mais de 30 mil atendimentos. Hoje, contamos com a Casa de Apoio Ninar onde foram investidos R$ 2 milhões na implantação do projeto, com custeio mensal de R$ 400 mil. É um espaço de cuidado, tratamento, mas é também um espaço de acolhida humanizada”, ressaltou.

A Casa de Apoio Ninar é um equipamento que oferece acolhimento a crianças com problemas de neurodesenvolvimento e seus familiares. Semanalmente, as famílias participam de um circuito de atividades multidisciplinares, com avaliações médicas, oficinas, palestras, circuito de estimulação multidisciplinar, musicalização infantil e de adulto, arteterapia, dança, entre outras. A casa serve, ainda, como um espaço de capacitação para profissionais, especialmente do interior do estado, para que a assistência possa ser ampliada em outros municípios.

A neuropediatra e diretora clínica da Casa de Apoio Ninar, Patrícia Sousa, enfatizou que o reconhecimento é fruto de um trabalho que tem como foco o bem estar das crianças e suas famílias. “Estamos felizes com esse reconhecimento internacional, pois ele nos mostra que a missão da casa está sendo sedimentada, que é de promover novas ideias em relação ao cuidar, mostrando para as famílias que elas podem ver além da doença, vendo a maneira de cuidar por uma nova perspectiva”, reforçou a neuropediatra.

Além de apresentar experiências maranhenses, a exemplo da Casa de Apoio Ninar, profissionais da área da saúde também participam do encontro com o objetivo de conhecer conjunto de soluções para as arboviroses e compartilhar conhecimento com outros países e estados. O evento é para os profissionais uma oportunidade de aprendizado sobre as melhores práticas de prevenção do Aedes aegypti e as estratégias de apoio às mulheres gestantes, famílias e cuidadores de crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus (SCZv) e outras deficiências.

“Viemos especialmente para participar das discussões sobre as medidas e as experiências de outros estados e países. A nossa intenção é obter conhecimento acerca de produtos lançados por empresas para controle do mosquito, dialogar com pesquisadores da área, e, a partir do conhecimento de novas metodologias, avaliarmos o que pode ser aplicado no Maranhão para reforçar as ações de prevenção e combate ao mosquito”, destacou a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Maria das Graças Lírio.

“O Maranhão é um dos seis estados prioritários, onde as ações são acompanhadas pelo Ministério da Saúde (MS). Participam conosco do encontro, representantes de São Luís, São José de Ribamar e Buriticupu. Viemos como ouvintes, especialmente para conhecer experiências desses outros estados e ampliar nossas ações”, contou a técnica do Departamento de Atenção à saúde da Criança e do Adolescente, Luana Paiva, que também explicou que, entre outras estratégias, o departamento realiza regularmente oficinas de sensibilização junto aos municípios.


Fonte: SES
Texto: Jéssica Wernz